segunda-feira, 30 de maio de 2016
domingo, 29 de maio de 2016
sexta-feira, 27 de maio de 2016
Pelo fim da violência contra à mulher!
DA CULTURA DO ESTUPRO A VIOLÊNCIA DO ESTADO
NÃO NOS CALAREMOS!
BASTA DE VIOLÊNCIA MACHISTA!
O fato é que estes
criminosos não satisfeitos com tamanha
violência ainda expuseram nas redes sociais o crime ridicularizando e
banalizando a monstruosidade do ato, ou seja, trata a adolescente como mero
objeto de uso.
Sabemos que ouviremos nesta
sociedade machista as seguintes afirmações: “Ela usou droga por que quis” ou “Deu bobeira, foi
amassada”, ou aquelas argumentações já conhecidas de que “ela não deveria estar
naquele lugar, com aquela roupa”, entre outros e são evidências de quanto o
machismo e a violência, sobretudo a sexual, são naturalizados em nossa
sociedade, o quanto a responsabilização da vítima é vista como elemento de
ponderação para avaliar os casos, o quanto nossa liberdade e poder de decisão
são ignorados cotidianamente.
No vídeo fica explícito que os criminosos sabiam o
que estavam fazendo pois zombavam através da ideologia machista onde afirmam
que as mulheres são meras mercadorias e objetos que podem ser tratadas de qualquer maneira.
O machismo é tão sorrateiro que a mãe de um dos
estupradores reproduz a opressão quando tenta justificar dizendo que “o filho
errou, mas quem o conhece sabe que ele não é assim”! A imprensa também reproduz o machismo quando sempre afirma
nos noticiários que a vítima era usuário de drogas há três anos e joga que a
violência foi um “suposto” estupro coletivo!
É importante dizer que o
acontecido foi um crime, uma violência contra a mulher e não existe
justificativa!
Hoje
o Brasil ocupa o quinto lugar em assassinatos em mulheres dentro de 84 países e a cada 5 minutos uma mulher é espancada, a
cada 10 segundos uma é estuprada.
No último ano ocorreram
4725 estupros em todo o Estado do RJ uma média de 5,5 casos por 10.000
habitantes ou seja, a cada 2h e 20 minutos uma mulher no Rio de Janeiro é
estuprada. A Praça Seca, o local onde ocorreu a violência de acordo com o
último Dossiê Mulher fica em 13o no ranking em casos de estupro.
As mulheres mais atingidas
são as trabalhadoras e negras, pois moram em ruas mal iluminadas, sofrem com assédio sexual constante nos
transportes coletivos .
No
governo federal do PT/PMDB houveram cortes do orçamento para o combate a violência
ou seja, se antes cada mulher para não
sofrer violência valia apenas R$ 0,26 hoje vale menos ainda. E mesmo assim, governo ataca
brutalmente quando cria um único Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e
Direitos Humanos, fazendo um balaio de gatos das secretarias de Direitos
Humanos; de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e de Políticas
para Mulheres no governo de Dilma Roussef e hoje no governo de Temer a Secretaria
de Mulheres se subordinada ao Ministério da Justiça.
O machismo é tão latente que é demonstrado através do Deputado Federal
Eduardo Cunha (PMDB) autor da PL 5069/13 que
criminaliza a mulher estuprada e não penaliza o estuprador ou quando o
Deputado Federal Pedro Paulo (PMDB) agressor de mulher é indicado pelo prefeito
do RJ Eduardo Paes como seu sucessor nas próximas eleições a prefeitura do Rio
de Janeiro de 2016.
Atualmente, aumenta cada vez mais
dentro das unidades escolares adolescentes sendo agredidxs por causa da
homofobia e do machismo. O que nos
demonstra que a sociedade em que vivemos é patriarcal não levando em conta as desigualdades que alimenta a
exploração.
A função da escolas/creches é educar
com instrumentos adequados na pedagogia sobre a sexualidade, igualdade de
gênero e diversidade sexual.
Neste sentido, os acordões entre os
governos e a bancada conservadora, como o que impediu a ida dos kit’s anti homofobia
para as escolas em 2011, que não implementa um programa efetivo de educação
contra a violência machista.
Sabemos que o descaso com a pauta das
mulheres segue no atual governo Temer/PMDB e que a oposição do PSDB tão pouco
tem compromisso com nossos interesses. Por isso, para arrancarmos qualquer
conquista é necessário seguirmos intensificando a nossa luta, junto com a classe
trabalhadora, derrotando todos os ataques dos governos e da bancada
conservadora; impondo a discussão sobre o machismo e todas as formas de
opressão nos diversos espaços como brilhantemente têm feito os secundaristas
nas ocupações de escola e os trabalhadorxs em suas greves e mobilizações;
realizando manifestações e fazendo repercutir casos como esse estupro coletivo,
que passaria isento pela imprensa burguesa.
Muitas de
nós, já tombaram nas fábricas, nas escolas, nos transportes coletivos, nas ruas
escuras. Não deixaremos que sejam esquecidas! É preciso transformar toda nossa
indignação em força para lutar, é necessário seguirmos firmes na tarefa de
destruir essa sociedade capitalista que reproduz e incentiva o machismo e toda
forma de opressão para garantir seus lucros.
Nenhuma
mulher a menos! Nenhuma mulher merece ser estuprada! Não aceitaremos mais
nenhuma mulher vitima da violência machista! Punição aos estupradores! 1% do PIB
para as políticas de combate a violência contra a mulher! Basta desses governos
que oprimem e exploram as mulheres trabalhadoras!
SEPE Regional IV
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
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